Por Sem. Edvaldo Freitas
E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Apocalipse 3:14-17
Não
se trata puramente de dar conhecimento a fatos do futuro. Apocalipse na verdade
fala muito mais sobre a Igreja de Cristo hoje, seu caráter, sua vida e Missão.
Apocalipse
em português Fala um sentido dos acontecimentos, das “ultimas coisas”. Temos a
idéia de “descoberta”, “revelação”. Entretanto em grego, significa “Revelar aos
olhos aquilo que está encoberto”. Segundo o texto: (Apoc 3: 15-17)
As
cartas de Jesus às Igrejas da Ásia possuem (duas) funções básicas.
1º A
primeira é revelar os critérios pelos quais o Senhor julga a Sua Igreja. Nós a
julgamos por valores externos, visíveis: seu templo e número de membros, sua
estrutura administrativa e exposição social, seus líderes e seu culto. Como
canta o coral e como prega o pastor.
Os
critérios de Jesus são bem mais particulares, são valores eternos e não
passageiros;
Um
filósofo cristão, disse que “nada do que tocamos é eterno”. E Jesus, quando
olha para as igrejas da Ásia, Ele as trata com valores eternos. Em nenhum
momento usa para julgá-la a estrutura física e visível da igreja, mas trata do
pecado que a rodeia, a fidelidade diante das provações, a pregação do evangelho
no mundo e a resistência aos ataques do diabo. Jesus prepara aqui uma Igreja
para viver a eternidade.
2º A
segunda função básica das cartas às igrejas na Ásia é justamente nos orientar
na nossa caminhada nos dias de hoje.
O
verso 15 Jesus fala sobre a possibilidade de uma Igreja ser quente, fria ou
morna. E há uma visão errada desse texto ao longo de anos como uma simples
apresentação de três diferentes níveis de espiritualidade. Mas se estudarmos
com muito cuidado, veremos que o assunto tratado é a função da Igreja, seu
agir, o que ela faz baseado no que ela sabe ser.
A
carta começa afirmando “conheço as tuas obras” (3:15) apontando para a função
da Igreja, sua prática diária, e continua dizendo:
“Que
não és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente...”.
E
esta é uma afirmação básica do desejo de Deus. O Senhor Jesus afirma à Igreja
em Laodicéia que desejava que fossem quentes ou frios. Não há nada que indique
que fosse uma expressão de ironia da parte de Jesus, mas sim um desejo sincero
de vê-los tanto quentes ou frios.
Para
entendermos esta afirmação de Jesus precisamos entender que Laodicéia, era uma
pequena cidade, localizada entre duas grandes e conhecidas cidades na região.
Ao norte Hierápolis e ao sul Colossos.
Hierápolis
era conhecida em toda a região por suas fontes de águas quentes. Caminho para
multidões que buscavam cura para suas enfermidades. Segundo a História, à
entrada da cidade havia uma inscrição que dizia: “Lugar de Cura”.
Colossos
ao sul era ainda mais conhecida pelas suas fontes de águas frias, as quais se
diziam possuir poderes medicinais e terapêuticos usadas por pessoas com
problemas musculares, reumáticos, e tantos outros. Um lugar de cura e terapia
para o corpo.
A
cidade de Laodicéia era localizada numa região abaixo dessas duas cidades ao
sul e norte, e suas águas vinham de tubulações que se cruzavam na entrada da
cidade fazendo assim um longo trajeto que ao chegar a Laodicéia a água não era
boa para beber por ser morna e causar vômito nos moradores.
Quando
o Senhor afirmou à igreja pra Laodicéia: “nem és frio nem quente” poderíamos
dizer: Que a Igreja não tinha função de causar cura às vidas que procuravam as
águas quentes como em Hierápolis.
Como
também perdeu a função terapêutica de alívio aos aflitos à semelhança das águas
frias de Colossos. Como és morna (águas mornas não possuem função) estou a
ponto de vomitar-te da minha boca.
Jesus
mostra assim que em Seu Reino a Igreja deve possuir uma função; levar o
evangelho com fidelidade e testemunho de vida.
Conceitos
que dão direção a caminhada da Igreja na visão de Jesus, a partir do exemplo de
Laodicéia.
1. No
Reino de Deus o caráter vem antes da Missão
Nos
impressionamos com homens, ministérios e histórias que não impressionam a Deus.
E isto acontece porque a maneira pela qual o Senhor Jesus julga a sua Igreja é
muito mais particular do que público. Por isto sabemos biblicamente que a
missão da Igreja na pregação do Evangelho não é definida por resultados, mas de
fidelidade ao Senhor. Porém ainda nos preocupamos mais com os resultados do que
o caráter.
No
verso 15 quando o Senhor Jesus, escrevendo à Igreja em Laodicéia diz, “conheço
as tuas obras”.
Poderia
ter falado da vida pública, e não particular da Igreja. Ou ainda falar da vida
comunitária.
Mas
Jesus fala da rotina e da vida diária da Igreja Em outras palavras Ele está
dizendo: conheço a sua vida, seus pensamentos. Conheço a sua rotina fora do templo.
Conheço o seu caráter.
Não
fomos chamados simplesmente para converter as pessoas, mas sim para viver a fé
e a vida que pregamos. É o que diz 1 Coríntios 4:9 quando o texto afirma que os
discípulos ficariam em “último lugar”, como se “condenados à morte”. E termina
dizendo que “nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos quanto a homens”.
A verdade simples é que você e eu, a Igreja de Jesus Cristo está sendo
observada, somos uma Igreja que existe não apenas para pregar o evangelho, mas
para ser uma comunidade de santos que, antes de qualquer coisa, foi chamada
para falar, viver e agir de acordo com o caráter de Jesus. O verso não fala a
respeito de salvação, mas sim de testemunho.
Tiago
4:8 também nos adverte para que não sejamos uma Igreja com “ânimo dobre”. Fala,
portanto a respeito de alguém que possui um corpo, mas duas almas. Uma alma
quer Deus e a outra deseja o mundo. Uma grita “glória a Deus” durante o momento
de louvor e a outra caminha negociando a verdade e a justiça no dia a dia do seu
trabalho. Uma fala de santidade, a outra do mundo.
O
Evangelho não é um negócio que pode ser medido pelos resultados alcançados, mas
deve ser entendido pela fidelidade na pregação do amor de Deus ao mundo, e,
portanto não é a força humana, mas sim a vida e caráter do cristão. O caráter
vem antes do ide. Precisamos, em nossas igrejas fazer discípulos.
2. No
Reino de Deus a obediência determina o avanço
Logo
após o Senhor Jesus afirmar que Laodicéia era uma Igreja sem função, Ele
apresenta o motivo no verso 17:
“pois
dizes: estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”.
O
motivo da falta de função daquela Igreja na Ásia era o pecado, e neste caso a
soberba. O pecado prejudica a importante função da Igreja. O pecado impede a
produção de frutos do cristão. Diante disso só a obediência ao Senhor fará uma
Igreja forte. Na história da Igreja somente a obediência, determina o avanço.
3. No
Reino de Deus o sacrifício prepara a terra para o plantio.
O
versículo 20 tem sido usado muitas vezes como pregação evangelística:
“Eis
que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”.
Na
verdade este é um convite à Igreja e não ao descrente. Um convite para a
comunhão com Cristo. Entretanto comunhão com Jesus implica muitas vezes em
sacrifício necessário pela simples necessidade de abstinência daquilo que não
combina com o Mestre.
No
verso 1 Lucas diz que houve grande “perseguição” à igreja No verso 2 ele diz
que houve grande “pranto” a respeito de Estevão.
No
verso 3 Lucas afirma que Saulo “assolava” a Igreja.
A
Igreja sofria física, emocional e espiritualmente, mas crescia. Com certeza ela
nunca, conscientemente buscou o sacrifício, mas estava pronto para passar por
ele quando o momento chegasse. Pois “o sacrifício precede os grandes avanços” e
em Atos 8, na dolorosa dispersão da Igreja, o evangelho avançou. Não se
contentavam apenas em subsistir neste mundo vendo a vida passar. Criam que, em
Deus, é possível mudar o óbvio, transpor o impossível e fazer diferença em
vida. Criam que fomos criados para levar o nome de Jesus até a última fronteira
conhecida. Gostaria que também crêssemos assim. Ao Poderoso Deus toda glória
amém.
Fonte: sermão do Rev. Ronaldo Lidório
E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Apocalipse 3:14-17
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Apocalipse 3:14-17
E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Apocalipse 3:14-17
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Apocalipse 3:14-17
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