Um dos grandes dilemas enfrentado pela Igreja Cristã da pós-modernidade está no fato de que a mesma não tem mais paradigmas para seguir e observar.
A ausência de um credo dentro da igreja nos dias de hoje nos deixa tão vulneráveis a toda sorte de doutrina e heresia; os ventos de doutrinas mencionadas pelo apóstolo (Ef.4.14) é uma temática em nossos dias, daí surge uma necessidade de se confessar a nossa fé. Por isso, há uma profunda busca pela confessionalidade em nossos dias.
Nesta aula nós vamos iniciar transcrevendo os doze artigos de fé que temos diante de nós; estes artigos sumarizam tudo o que cremos como Igreja ao longo destes curtíssimos 21 séculos de igreja neotestamentária. Friso isso porque em nossos dias o credo apostólico é tão esquecido em nossa geração que não se fala sobre ele nas igrejas, não se há um doutrinamento acurado dele nas reuniões de instrução nas igrejas protestantes no geral.
O que é o credo? É uma forma individualizada na qual afirmamos aquilo que cremos; pode-se ser chamado como conjunto de doutrina particular de alguém. Isso é deveras importante para nós. As doutrinas fundamentais do cristianismo se encontram neste precioso credo antigo. Então, vamos à exposição do primeiro artigo do credo.
A SOBERANIA DE DEUS E SUA PARTENIDADE DESCRITA NO CREDO.
O nosso credo começa com a seguinte afirmação grandiosa: “Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso criador dos céus e da terra;...”
Estas palavras me deixam preocupado, não com as verdades que aqui se encontram, mas pela ausência destas verdades nos púlpitos das igrejas atuais; Deus não é visto nos termos descritos no credo apostólico! O que houve com a nossa geração? Parece que ela perdeu todo o senso de quem é Deus; e, assim, caiu no total abandono de tudo que se expressa nestas palavras.
O que estas palavras nos ensinam de forma muito clara? Esta pergunta deve ser respondida da forma clara e simples possível. Aqui se enuncia a fé do homem em um objeto superior a ele. A realidade da fé é inegável para o homem.
Quando a Igreja Antiga confessava “Eu creio...” estava muito claro de que era uma igreja de pessoas que crêem. Antes de tudo precisamos crer. Fé é o imperativo singular na vida cristã.
O credo só possui razão de existência por causa da fé. Fé é confeccionada no credo! “Eu creio nisso, mas não creio naquilo” esta confecção não é apenas o sistematizar da fé, mas a revelação clara da mesma. O conjunto de doutrinas expressa a fé que professamos ter. E nesse sentido a fé é uma expressão verdadeira da igreja.
No que se crer no credo? “... em Deus...” Vocês já pensaram sobre isso? A fé não é vazia de conteúdo! Note-a segue uma direção, esta direção é Deus. Quando lemos e confessamos “Creio em Deus” o pressuposto por trás disso é “revelação”! Deus se revelou a mim no tempo e na história – nas obras da criação – a fé sempre tem a “Revelação de Deus” para se fundamentar, então, uma vez solapada a revelação de Deus se destrói a base da fé, e assim, somos jogados ao desespero! Isso porque não temos objeto de fé.
Fé aqui não é um salto desesperado em algo, mas em um ser pessoal – Deus! Precisamos levar em consideração que a fé é plantada em nós por Deus, sua revelação é necessária para isso.
Mas como Deus nos é apresentado no credo? Ele é apresentado como “Pai”; no credo nós lemos “Creio em Deus Pai...” Note que Ele não é mais um desses deuses de barro, que não expressa seu amor e seu cuidado. Nenhuma divindade é chamada de “Pai” com tanta propriedade como o é o Deus da Igreja!
Deus deve ser visto como Pai porque ele nos criou. O seu direito de paternidade está vinculado ao seu direito de criação. Antes de ser visto como Criador ele deve ser visto como pai. Que cuida, que zela e que ama.
Ora, se Deus deve ser visto como Pai, o pressuposto por trás disso é que nós somos seus filhos. Filhos pressupõem obediência ao Pai. Mas não fazemos isso. É triste, mas sempre estamos dispostos a negligenciar toda a revelação de Deus em nome de alguma coisa que nos proporciona lucratividade na vida.
A paternidade de Deus nos leva até a sua providência. O seu cuidado sobre cada um de nós; ele está sempre nos dirigindo, ele está sempre escolhendo o melhor caminho para a nossa vida; esse cuidado providencial é um forte indicador que de fato estamos, de forma bastante clara, nos cuidados de um Pai amoroso; então, a igreja quando confessa crer em Deus como Pai ela entende que ele a ama.
Então, você nunca deveria pensar que Deus não lhe ama. O nosso credo o chama de Pai é seu dever confiar no amor dEle. Negligenciar este princípio é professar uma fé vacilante! O que estou querendo dizer é que quando, no culto público, você recita “Eu Creio em Deus Pai...” na verdade você está dizendo: “Eu creio em Deus Pai que me ama, que cuida de mim”. Isso deve encher os nossos corações da mais terna gratidão! Isto não lhe deixa comovido como faz comigo? Deus que é Pai nos ama! Isso por si só é suficiente para continuarmos a vida cristã.
O credo não termina nestes termos. Ele confessa que crer em “Deus Pai Todo-Poderoso”. O que está incluído aqui? Aqui se nota a questão da soberania de Deus. Isto nos leva para o governo absoluto de Deus sobre todas as coisas. Ele, e somente ele pode de fato realizar o que quer, e o que deseja. Os céus e terra cumprem suas ordens.
A idéia fundamental de soberania pertence exclusivamente ao teísmo, pois, se há um Deus ele deve ser Todo-Poderoso. O texto de Apocalipse(1.8) nos informa exatamente esta realidade. Não há quem se atreva a negar esse atributo de Deus – todo o poder - , pois, seria ir contra toda a evidência que nos cerca.(Salmos 62.11;18.13-15;89.6; Daniel 4.35)
Há um Deus soberano no Universo e que o nosso “livre-arbítrio” nada é diante do Deus Todo-Poderoso. Na verdade toda a nossa vida está escrita em suas mãos, e todos os nossos dias foram planejados por Ele, o que isso significa? Bem, significa que é um mito pensar que somos livres! É um erro pesar que temos uma liberdade, não nós não temos tal liberdade, pois, nossa vida é a vida que Deus planejou.
Isso exclui nossa responsabilidade? Não. Deus continua sendo o Deus Todo-Poderoso que nos deu sua imagem, e esta imagem nos torna responsáveis diante do grande Rei do Universo, e nós somos seus súditos e devemos fazer a sua vontade, caso contrário seremos de fato punidos por ele.
Mas como os crentes do segundo século perceberam que Deus é Todo-Poderoso? O credo nos informa, pois, Deus é visto como tal por é “...criador dos céus e da terra ”. Este é outro aspecto que precisa ser considerado com muita propriedade em nossos dias, pois, pessoas há que defendem que não há um criador no universo. Deus é banido da escola, da faculdade e Darwin é colocado no centro. Sim! Falo da doutrina evolucionista – que não passa de uma teoria – que está corrompendo os nossos jovens.
Muitos jovens que antes eram cristãos abandonaram a crença em um Criador. O credo nos ensina que a fé da Igreja é que este universo não é fruto de um big-bang, pois, como poderia haver uma explosão no espaço lugar que não tem oxigênio? Ou como poderia a vida humana, tão complexa em sua constituição, ser fruto de um processo evolutivo onde a ameba começa como o proto-ser para tornar-se em um homem? Tudo contrário a razão.
Não queridos! Nada surgiu sem uma mente inteligente. Aliás, Deus se faz necessário na existência humana exatamente porque não há outra explicação plausível para a criação da alma humana – uma evolução? Nada! – pois, a Imago Dei no homem é a melhor explicação.
Creio em Deus “criador”, ele nos criou e nos trouxe a existência por sua vontade deliberativa. Como os primeiros cristãos chegaram a esta afirmação? Como perceberam Deus como criador? O credo nos diz que “Deus é criador dos céus e da terra”.
Aqui o gnosticismo tem sido frontalmente rejeitado. Pois, este ensino criou um dualismo entre o mundo do Espírito e o Mundo da matéria. Onde havia um Deus – lógos – criou o mundo do Espírito; e o Dimiurgo criou um mundo material. O credo nos mostra que Deus, que é infinitamente bom por ser Pai, e todo amoroso pela mesma razão, criou o mundo angélico e espiritual ( Céus ) como também criou o “mundo da matéria” (terra). O dualismo é negado pela Igreja de Cristo. Deus é visto como sendo Todo-Poderoso porque criou os céus e a terra – então, tudo é bom. “Todo Dom perfeito vem dEle”(Tg.1.17-18).
Aplicações:
Que aplicações podemos deixar sobre este primeiro artigo do nosso credo? Vejamos:
1. Fé envolve mais que os elementos subjetivos – creio em Cristo para a salvação – ela carrega um elemento objetivo – conjunto de verdades – e assim, que possamos de fato Ter uma fé que não vacila.
2. Perceber que Deus é o objeto de nossa fé isso implica que nada pode ser superior a ele em nossas vidas.
3. Entender que Deus nos ama – pois, ele é o nosso Pai, e quando recitarmos o credo jamais devemos esquecer disso.
4. Viver sob a soberania de Deus realizando a sua vontade, é assim que deve ser a vida cristã. Deus para ser Deus deve ser plenamente soberano no mundo que ele mesmo criou.
Pr. João Ricardo
A ausência de um credo dentro da igreja nos dias de hoje nos deixa tão vulneráveis a toda sorte de doutrina e heresia; os ventos de doutrinas mencionadas pelo apóstolo (Ef.4.14) é uma temática em nossos dias, daí surge uma necessidade de se confessar a nossa fé. Por isso, há uma profunda busca pela confessionalidade em nossos dias.
Nesta aula nós vamos iniciar transcrevendo os doze artigos de fé que temos diante de nós; estes artigos sumarizam tudo o que cremos como Igreja ao longo destes curtíssimos 21 séculos de igreja neotestamentária. Friso isso porque em nossos dias o credo apostólico é tão esquecido em nossa geração que não se fala sobre ele nas igrejas, não se há um doutrinamento acurado dele nas reuniões de instrução nas igrejas protestantes no geral.
O que é o credo? É uma forma individualizada na qual afirmamos aquilo que cremos; pode-se ser chamado como conjunto de doutrina particular de alguém. Isso é deveras importante para nós. As doutrinas fundamentais do cristianismo se encontram neste precioso credo antigo. Então, vamos à exposição do primeiro artigo do credo.
A SOBERANIA DE DEUS E SUA PARTENIDADE DESCRITA NO CREDO.
O nosso credo começa com a seguinte afirmação grandiosa: “Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso criador dos céus e da terra;...”
Estas palavras me deixam preocupado, não com as verdades que aqui se encontram, mas pela ausência destas verdades nos púlpitos das igrejas atuais; Deus não é visto nos termos descritos no credo apostólico! O que houve com a nossa geração? Parece que ela perdeu todo o senso de quem é Deus; e, assim, caiu no total abandono de tudo que se expressa nestas palavras.
O que estas palavras nos ensinam de forma muito clara? Esta pergunta deve ser respondida da forma clara e simples possível. Aqui se enuncia a fé do homem em um objeto superior a ele. A realidade da fé é inegável para o homem.
Quando a Igreja Antiga confessava “Eu creio...” estava muito claro de que era uma igreja de pessoas que crêem. Antes de tudo precisamos crer. Fé é o imperativo singular na vida cristã.
O credo só possui razão de existência por causa da fé. Fé é confeccionada no credo! “Eu creio nisso, mas não creio naquilo” esta confecção não é apenas o sistematizar da fé, mas a revelação clara da mesma. O conjunto de doutrinas expressa a fé que professamos ter. E nesse sentido a fé é uma expressão verdadeira da igreja.
No que se crer no credo? “... em Deus...” Vocês já pensaram sobre isso? A fé não é vazia de conteúdo! Note-a segue uma direção, esta direção é Deus. Quando lemos e confessamos “Creio em Deus” o pressuposto por trás disso é “revelação”! Deus se revelou a mim no tempo e na história – nas obras da criação – a fé sempre tem a “Revelação de Deus” para se fundamentar, então, uma vez solapada a revelação de Deus se destrói a base da fé, e assim, somos jogados ao desespero! Isso porque não temos objeto de fé.
Fé aqui não é um salto desesperado em algo, mas em um ser pessoal – Deus! Precisamos levar em consideração que a fé é plantada em nós por Deus, sua revelação é necessária para isso.
Mas como Deus nos é apresentado no credo? Ele é apresentado como “Pai”; no credo nós lemos “Creio em Deus Pai...” Note que Ele não é mais um desses deuses de barro, que não expressa seu amor e seu cuidado. Nenhuma divindade é chamada de “Pai” com tanta propriedade como o é o Deus da Igreja!
Deus deve ser visto como Pai porque ele nos criou. O seu direito de paternidade está vinculado ao seu direito de criação. Antes de ser visto como Criador ele deve ser visto como pai. Que cuida, que zela e que ama.
Ora, se Deus deve ser visto como Pai, o pressuposto por trás disso é que nós somos seus filhos. Filhos pressupõem obediência ao Pai. Mas não fazemos isso. É triste, mas sempre estamos dispostos a negligenciar toda a revelação de Deus em nome de alguma coisa que nos proporciona lucratividade na vida.
A paternidade de Deus nos leva até a sua providência. O seu cuidado sobre cada um de nós; ele está sempre nos dirigindo, ele está sempre escolhendo o melhor caminho para a nossa vida; esse cuidado providencial é um forte indicador que de fato estamos, de forma bastante clara, nos cuidados de um Pai amoroso; então, a igreja quando confessa crer em Deus como Pai ela entende que ele a ama.
Então, você nunca deveria pensar que Deus não lhe ama. O nosso credo o chama de Pai é seu dever confiar no amor dEle. Negligenciar este princípio é professar uma fé vacilante! O que estou querendo dizer é que quando, no culto público, você recita “Eu Creio em Deus Pai...” na verdade você está dizendo: “Eu creio em Deus Pai que me ama, que cuida de mim”. Isso deve encher os nossos corações da mais terna gratidão! Isto não lhe deixa comovido como faz comigo? Deus que é Pai nos ama! Isso por si só é suficiente para continuarmos a vida cristã.
O credo não termina nestes termos. Ele confessa que crer em “Deus Pai Todo-Poderoso”. O que está incluído aqui? Aqui se nota a questão da soberania de Deus. Isto nos leva para o governo absoluto de Deus sobre todas as coisas. Ele, e somente ele pode de fato realizar o que quer, e o que deseja. Os céus e terra cumprem suas ordens.
A idéia fundamental de soberania pertence exclusivamente ao teísmo, pois, se há um Deus ele deve ser Todo-Poderoso. O texto de Apocalipse(1.8) nos informa exatamente esta realidade. Não há quem se atreva a negar esse atributo de Deus – todo o poder - , pois, seria ir contra toda a evidência que nos cerca.(Salmos 62.11;18.13-15;89.6; Daniel 4.35)
Há um Deus soberano no Universo e que o nosso “livre-arbítrio” nada é diante do Deus Todo-Poderoso. Na verdade toda a nossa vida está escrita em suas mãos, e todos os nossos dias foram planejados por Ele, o que isso significa? Bem, significa que é um mito pensar que somos livres! É um erro pesar que temos uma liberdade, não nós não temos tal liberdade, pois, nossa vida é a vida que Deus planejou.
Isso exclui nossa responsabilidade? Não. Deus continua sendo o Deus Todo-Poderoso que nos deu sua imagem, e esta imagem nos torna responsáveis diante do grande Rei do Universo, e nós somos seus súditos e devemos fazer a sua vontade, caso contrário seremos de fato punidos por ele.
Mas como os crentes do segundo século perceberam que Deus é Todo-Poderoso? O credo nos informa, pois, Deus é visto como tal por é “...criador dos céus e da terra ”. Este é outro aspecto que precisa ser considerado com muita propriedade em nossos dias, pois, pessoas há que defendem que não há um criador no universo. Deus é banido da escola, da faculdade e Darwin é colocado no centro. Sim! Falo da doutrina evolucionista – que não passa de uma teoria – que está corrompendo os nossos jovens.
Muitos jovens que antes eram cristãos abandonaram a crença em um Criador. O credo nos ensina que a fé da Igreja é que este universo não é fruto de um big-bang, pois, como poderia haver uma explosão no espaço lugar que não tem oxigênio? Ou como poderia a vida humana, tão complexa em sua constituição, ser fruto de um processo evolutivo onde a ameba começa como o proto-ser para tornar-se em um homem? Tudo contrário a razão.
Não queridos! Nada surgiu sem uma mente inteligente. Aliás, Deus se faz necessário na existência humana exatamente porque não há outra explicação plausível para a criação da alma humana – uma evolução? Nada! – pois, a Imago Dei no homem é a melhor explicação.
Creio em Deus “criador”, ele nos criou e nos trouxe a existência por sua vontade deliberativa. Como os primeiros cristãos chegaram a esta afirmação? Como perceberam Deus como criador? O credo nos diz que “Deus é criador dos céus e da terra”.
Aqui o gnosticismo tem sido frontalmente rejeitado. Pois, este ensino criou um dualismo entre o mundo do Espírito e o Mundo da matéria. Onde havia um Deus – lógos – criou o mundo do Espírito; e o Dimiurgo criou um mundo material. O credo nos mostra que Deus, que é infinitamente bom por ser Pai, e todo amoroso pela mesma razão, criou o mundo angélico e espiritual ( Céus ) como também criou o “mundo da matéria” (terra). O dualismo é negado pela Igreja de Cristo. Deus é visto como sendo Todo-Poderoso porque criou os céus e a terra – então, tudo é bom. “Todo Dom perfeito vem dEle”(Tg.1.17-18).
Aplicações:
Que aplicações podemos deixar sobre este primeiro artigo do nosso credo? Vejamos:
1. Fé envolve mais que os elementos subjetivos – creio em Cristo para a salvação – ela carrega um elemento objetivo – conjunto de verdades – e assim, que possamos de fato Ter uma fé que não vacila.
2. Perceber que Deus é o objeto de nossa fé isso implica que nada pode ser superior a ele em nossas vidas.
3. Entender que Deus nos ama – pois, ele é o nosso Pai, e quando recitarmos o credo jamais devemos esquecer disso.
4. Viver sob a soberania de Deus realizando a sua vontade, é assim que deve ser a vida cristã. Deus para ser Deus deve ser plenamente soberano no mundo que ele mesmo criou.
Pr. João Ricardo
0 comentários:
Postar um comentário