“Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”. (Paulo aos Filipenses 3.18,19)
Cada dia que passa a afronta contra Cristo e a igreja visível aumenta.
Não sejamos inocentes e ignorantes. Essa situação é parte do processo profético
acerca da ascendência do Anticristo. A fé cristã e o cristianismo são
vilipendiados pelos inimigos, pois é a marca de Satã e seus demônios.
Mas também a cada dia me espanto com a passividade e a letargia dos que
assim se declaram cristãos evangélicos e não se posicionam quando Cristo, a fé
cristã e seus símbolos sacramentais são feitos escárnios. Ademais os pontos de
vista teológicos que nos separam como denominações, há aqueles que não se
sentiram ofendidos quando o Lobby Gay na semana passada em passeata usou os
símbolos de nossa fé em atos que nos impedem até mesmo de relatar.
É uma pena que a fé cristã se tornou tão racionalista que não cremos
mais nos sacramentos e nos símbolos sacramentais. É óbvio que não creio em
objetos poderosos, mas a cruz deixou de ser um objeto comum, ela se tornou um
símbolo e sinal de uma mensagem de vida.
Para aqueles que são cristãos e não se sentiram ofendidos com o
escárnio, estes necessitam compreender o que de fato são os símbolos cristãos.
Símbolo é todo sinal ou objeto que emite uma mensagem. A cruz é um símbolo
cristão, como o peixe o era na época do primeiro século, como a Bíblia é e como
tantos outros símbolos e estes necessitam ser conservados não como objetos de
poder, mas como mensagem viva. Por isso me senti ofendido, pois o nome de
Cristo é que estava sendo vilipendiado. Os símbolos devem ser sagrados, porém
não adorados. Perder essa noção é tornar-se um racionalista.
Quando o nome de Cristo e nossa fé são usados assim, a Igreja precisa se
posicionar. Isso faz parte de nossa missão. A missão da igreja não é apenas
fazer propaganda do evangelho, mas se colocar contra a ética, a imoralidade,
contra a corrupção, contra a injustiça social e contra todos os atos deste
mundo que são contra a verdade. A isso chamamos de “obras de justiça”. Não
pregamos um evangelho pós-túmulo, mas o evangelho faz diferença em nossa vida
aqui e agora. Recebemos a vida eterna agora e não somente quando morrermos. Por
isso o posicionamento dos cristãos é tão necessário. Se deixarmos de ser sal e
luz, nossas obras continuarão sendo “trapo de imundícia” e perdemos nossa
natureza e nossa marca como igreja de Cristo.
Qual a sua posição como cristão diante deste mundo? De passividade? De
letargia? O que tens a fazer, estás fazendo? A fé não permite posição
equidistante. Não podemos ficar em cima do muro, pois se nos calarmos as pedras
clamarão!