De volta às fontes do evangelho.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não há Segurança para os ímpios – Jonathan Edwards

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Nem por um momento há segurança para os ímpios, pois não há meio visível de morte ao alcance. Não há segurança para o homem natural, que hoje tem saúde e não vê por qual meio deveria agora sair imediatamente do mundo através de qualquer acidente, não havendo perigo visível sob qualquer aspecto em suas circunstâncias. A múltipla e ininterrupta experiência do mundo em todos os séculos mostram que esta não é evidência de que o homem não está na beira da eternidade e que o próximo passo não será no outro mundo. A invisível e não premeditada forma das pessoas saírem do mundo são inumeráveis e inconcebíveis. Os homens não-convertidos andam sobre a cova do inferno numa cobertura podre, havendo incontáveis lugares fracos nesta cobertura que não suportarão o peso — e tais lugares não são visíveis.

As setas da morte voam invisíveis ao meio-dia; a visão mais aguçada não as pode discernir. Deus tem tantas maneiras inescrutáveis e diferentes de tirar os ímpios do mundo e de os enviar ao inferno que não há nada que indique que Deus tenha necessidade de estar às custas de um milagre, ou de sair do curso ordinário da sua providência para, a qualquer momento, destruir o ímpio. Todos os meios que há para os pecadores saírem do mundo estão nas mãos de Deus e estão de tal maneira universal e absolutamente sujeitos ao seu poder e determinação que não dependem nem da mera vontade de Deus se os pecadores vão a qualquer momento para o inferno, mais do que se nunca fossem usados ou estivessem relacionados com o caso.

A prudência e cuidado dos homens naturais em preservar a própria vida, ou cuidar dos outros para os preservar, não lhes garante um momento sequer. Para isso, a providência divina e a experiência universal também dão testemunho. Há a evidência clara de que a própria sabedoria dos homens não é garantia de livramento da morte. Se fosse, veríamos a diferença entre os sábios e prudentes do mundo, e os outros com respeito à propensão à morte prematura e inesperada. Mas como é de fato? "E como morre o sábio, assim morre o tolo!" (Ec 2.16).

Os esforços e maquinações que todos os ímpios usam para escapar do inferno, enquanto continuam rejeitando a Cristo e, assim, permanecem ímpios, nem por um momento os livra do inferno. Quase todo homem natural que ouve falar do inferno exalta-se de que escapará dele. Ele depende de si para segurança própria. Ele se gloria no que faz, ou no que pretende fazer. Toda pessoa projeta meios na mente sobre como evitar a condenação ao inferno, se gaba de ter maquinado bem para si e que suas manobras não falharão. Eles ouvem, de fato, que há poucos que se salvam e que a maioria dos homens que morreram antes foi para o inferno. Mas cada um imagina que dispõe de melhores meios para a própria fuga do que os outros. Ele não pretende ir àquele lugar de tormento. Ele fala para ele mesmo que pretende ser eficiente em seus cuidados e engendrar meios para não fracassar.

Mas os tolos filhos dos homens se iludem miseravelmente em seus esquemas e na confiança da própria força e sabedoria. Andam confiando em nada mais que sombra. Muitos daqueles que antes viviam por meio da graça e que hoje estão mortos, foram indubitavelmente para o inferno — não porque eles não eram tão sábios quanto os que agora vivem, não porque eles não projetaram meios para garantir a própria fuga. Se pudéssemos falar com eles e lhes perguntar, um por um, se eles algum dia esperavam, quando vivos que ouviam falar do inferno, ser objetos dessa miséria, nós, sem dúvida, ouviríamos uma resposta mais ou menos assim: "Não, nunca quis vir para cá. Tinha engendrado muitas outras maneiras em minha mente de me livrar disso. Pensei que tinha planejado bem. Pensei que meu esquema fosse bom. Pretendi ser eficiente em meu cuidado, mas me sobreveio inesperadamente. Não olhei para esta- situação naquela época e dessa maneira. Veio como ladrão. A morte me burlou. A ira de Deus foi muito rápida para mim. Maldita tolice a minha! Eu me gabava e me iludia com sonhos vãos do que faria no outro mundo. Enquanto eu falava: Paz e segurança, me sobreveio súbita destruição".

Deus se sujeitou a si mesmo sem obrigação, sob qualquer promessa, manter o homem natural fora do inferno por um momento. Deus seguramente não fez promessa de vida eterna, ou de libertação, ou de preservação da morte eterna, mas o que está contido no concerto da graça, as promessas que foram dadas em Cristo, em cujas promessas são baseadas em sim e amém. Mas certamente eles não têm interesse nas promessas do concerto da graça, pois não são filhos do concerto, não crêem em nenhuma das promessas e não se interessam pelo Mediador do concerto.

De forma que por mais que alguns imaginem e projetem acerca das promessas feitas aos homens naturais que buscam e interpelam seriamente, está claro e manifesto que todo o esforço que o homem natural faz em religião e por mais que toda a oração que se faça até que se que creia em Cristo, não está de forma alguma sob a obrigação de Deus guardá-lo da destruição eterna.

De maneira que é assim que os homens naturais são segurados na mão de Deus acima da cova do inferno. Eles mereceram o inferno incandescente e já estão sentenciados. Deus é horrivelmente provocado. Sua ira contra eles é tão grande quanto os que de fato sofrem a execução da ferocidade de sua ira no inferno, e eles não fizeram nada para pelo menos aplacar ou enfraquecer essa ira, nem está Deus no mínimo sujeito por promessa, guardá-los um momento sequer. O Diabo espera por eles, o inferno escancara a boca para eles, as chamas se juntam e flamejam sobre eles e de bom grado os agarram e os engolfam. O fogo contido nos seus corações se debate para incandescer. Eles não têm interesse em um Media-dor, não há meios ao alcance que lhes possa servir de segurança. Em suma, eles não têm refúgio, nada a que se agarrar. Tudo que os preserva a cada momento é a mera vontade arbitrária e a misericórdia não obrigatória e não ligada ao concerto de um Deus irado.

Erros Teológicos na Doutrina Armínio-Wesleyana: Santificação

07:03 Posted by Unknown No comments
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor...” (Hb.12:14).

A santificação é uma obra do Espírito Santo no coração dos regenerados. O Novo Testamento afirma que todos os que estão em Cristo Jesus são potencialmente santos pelo sacrifício de Cristo: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb.10:10). Cristo é a nossa santificação (cf. 1Co.1:30) , pois Ele satisfez plenamente a justiça de Deus por todos os nossos pecados. Não podemos, portanto, pensar erroneamente como alguns de doutrina arminio-wesleyana que já alcançamos a perfeição cristã. O apóstolo Paulo pede para que Deus santifique os crentes de Tessalônica em tudo (cf. 1Tss.5:23), se eles já estissem inteiramente santificados, se fossem crentes perfeitos não seria necessário pedir para que os mesmos procurassem ser santificados em tudo. Ser santificado em tudo é o desejo de todo o verdadeiro crente (cf. Hb.12:14). 
 
O Espírito Santo nos revela a necessidade de santidade, nos revelando a santidade de Deus; diante da santidade e grandiosidade do soberano Deus do universo enxergamos o quanto somos pecadores e enquanto mais nos aproximamos dEle, passamos a enxergamos essa pecaminosidade. O conhecimento dessa natureza corrupta, que ainda milita contra o espírito, reivindicando um direito que não lhe pertence mais, se dá através do conhecimento das Escrituras. Portanto, o Espírito Santo aplica as verdades bíblicas em nossos corações para o crescimento espiritual. “Quando Deus declara um homem justo, Ele imediatamente começa a santificá-lo” (A. W. Tozer). Ou seja, o justificado começa a ser transformado na imagem do Filho de Deus. Porém, enquanto estiver aqui nesse mundo o crente nunca alcançará a perfeição cristã como afirma os de doutrinas arminio-wesleyanas:

“Cremos que a inteira santificação é aquele acto de Deus, subsedquente à regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e levados a uma estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor tornado perfeito” (Introdução a Teologia Cristã. Casa Nazareno de Publicações, 1990: 355).

Concluo o assunto sobre santificação, citando a confissão de fé Westminster (1647) por ela definir com a maior clareza esse assunto de tão grande relevância, o qual devemos ensinar e enfatizar como fizeram os puritanos e os metodistas.

Confissão de fé Westminster - Capítulo XIII
Da santificação

I. Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são além disso santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.
I Co.1:30; At.20:32; Fp.3:10; Rm.6:5-6; Jo.17:17,19; Ef.5-26; II Ts.2:13; Rm.6:6,14; Gl.5:24; Cl.1:10-11; Ef.3:16-19; II Co.7:1; Cl.1:28; Cl.4:12; Hb.12:14.
 
II. Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne.
I Ts.5:23; I Jo.1:10; Fp.3:12; Gl.5:17; I Pe.2:11.
 
III. Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que ficam, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, a parte regenerada do homem novo vence, e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.
Rm.7:23; Rm.6:14; I Jo.5:4; Ef.4:15-16; II Pe.3:18; II Co.3:18-7:1.

Amém! Que Deus seja louvado. 



A Ceia do Senhor

07:02 Posted by Unknown No comments
1 Coríntios 11:23: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão”.
A Ceia do Senhor é um ato de culto que tem a forma de uma refeição cerimonial, na qual os servos de Cristo participam do pão e do vinho, para comemorar a morte de Cristo e celebrar o novo relacionamento segundo a aliança que eles desfrutam com Deus.
“Na noite em que foi traído, nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o sacramento de seu corpo e sangue, chamado Ceia do Senhor, para ser observado em sua igreja até o fim do mundo, para ser uma lembrança perpétua do sacrifício que em sua morte ele fez de si mesmo; para selar, aos verdadeiros crentes, todos os benefícios provenientes desse sacrifício para o seu nutrimento espiritual e crescimento nele, e seu compromisso de cumprir todos os seus deveres para com ele; e ser um vínculo e penhor de sua comunhão com ele e uns com os outros, como membros do seu corpo místico” (Confissão de Fé de Westminster, XXIX.1).
Os textos bíblicos que tratam da Ceia e nos quais se baseia a declaração acima são: mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1Co 10.16-21; 11.17-34. O sermão de Jesus (Jo 6.35-38) a respeito de si mesmo como o pão da vida e da necessidade de alimentar-se dele, comendo a sua carne e bebendo o seu sangue, foi pregado antes da instituição da Ceia e é melhor entendido como tratando daquilo que a Ceia significa, ou seja, a comunhão com Cristo pela fé, ao invés da Ceia em si.
Nos tempos da Reforma, questões a respeito da natureza da presença de Cristo na Ceia e da relação da Ceia com sua morte vicária foram assunto de intensa controvérsia. A Igreja Católica Romana ensina que Cristo está presente na Ceia pela transubstanciação, como definida pelo Quarto Concílo Lateranense em 1215. “Transubstanciação” significa que a substância do pão e do vinho é miraculosamente transformada em corpo e sangue de Cristo. O pão e o vinho não são mais pão e vinho, embora pareçam ser. A doutrina de Lutero, depois chamada de “consusbtanciação”, ensina que o corpo e o sangue de Cristo estão presentes “em, com e sob” a forma de pão e vinho, que, em si mesmos, permanecem sendo pão e vinho. As Igrejas Ortodoxas Orientais e algumas Igrejas Anglicanas têm uma crença semelhante. Zuínglio negou que o Cristo glorificado, agora no céu, esteja presente de qualquer modo que palavras tais como “corporalmente”, “fisicamente” ou “localmente” possam sugerir. Calvino ensinou que, enquanto o pão e o vinho permanecem imutáveis, o Espírito eleva o crente através da fé, para gozar da presença de Cristo de um modo que é glorioso e real, ainda que indescritível.
Todos os Reformadores insistiram no fato de, na Mesa de Comunhão, darmos graças a Cristo pela obra da expiação acabada e aceita. Denunciaram a doutrina Católica Romana da Missa, porquanto nela se dizia que o sacrifício da cruz é repetido, renovado, ou reapresentado de um modo que obscurecia a sua suficiência.
A Ceia do Senhor tem uma referência passada à morte de Jesus e tem uma referência presente à nossa participação corporativa em Cristo, mediante a fé. E tem uma referência futura pelo fato de ser uma garantia da sua segunda vinda. Encoraja o fiel em sua caminhada diária e em sua expectação. Esse serviço de culto, no qual os cristãos recordam o sofrimento que Cristo suportou por eles, é uma marca distintiva da religião cristã por todo o mundo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que diz a Bíblia a respeito do sexo antes do casamento/sexo pré-matrimonial?

09:38 Posted by Unknown No comments
Resposta: Junto a todos os outros tipos de imoralidade sexual, o sexo antes do casamento, ou sexo pré-matrimonial é repetidamente condenado nas Escrituras (Atos 15:20; Romanos 1:29; I Coríntios 5:1; 6:13,18; 7:2; 10:8; II Coríntios 12:21; Gálatas 5:19; Efésios 5:3; Colossenses 3:5; I Tessalonicenses 4:3; Judas 1:7). A Bíblia defende e encoraja a abstinência antes do casamento. Sexo antes do casamento é tão errado quanto o adultério ou outras formas de imoralidade sexual, porque todos envolvem relações sexuais com alguém com quem você não é casado. Sexo entre marido e sua esposa é a única forma de relações sexuais que Deus aprova (Hebreus 13:4).

Por muitas razões o sexo antes do casamento tornou-se algo tão comum. Muito freqüentemente nós focalizamos no aspecto de “recreação” do sexo, sem reconhecer o aspecto de “recriação”. É isso mesmo, o sexo dá prazer. Assim Deus fez o sexo. Ele quer que homens e mulheres tenham satisfação com o sexo (dentro dos limites do casamento). Entretanto, o primeiro propósito do sexo não é o prazer, mas a reprodução. Não é para nos privar de ter prazer que Deus proíbe o sexo antes do casamento, mas para nos proteger de uma gravidez indesejada e filhos nascidos de pais que não os querem ou não estão preparados para eles. Imagine como o nosso mundo seria muito melhor se todos seguissem os padrões de Deus a respeito do sexo: menos doenças sexualmente transmissíveis, menos mães solteiras, menos gravidezes indesejadas, menos abortos, etc. A abstinência é a única diretriz de Deus a respeito do sexo antes do casamento. A abstinência salva vidas, protege bebês, valoriza as relações sexuais, e principalmente, honra a Deus.