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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Erros Teológicos na Doutrina Armínio-Wesleyana: Santificação

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“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor...” (Hb.12:14).

A santificação é uma obra do Espírito Santo no coração dos regenerados. O Novo Testamento afirma que todos os que estão em Cristo Jesus são potencialmente santos pelo sacrifício de Cristo: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb.10:10). Cristo é a nossa santificação (cf. 1Co.1:30) , pois Ele satisfez plenamente a justiça de Deus por todos os nossos pecados. Não podemos, portanto, pensar erroneamente como alguns de doutrina arminio-wesleyana que já alcançamos a perfeição cristã. O apóstolo Paulo pede para que Deus santifique os crentes de Tessalônica em tudo (cf. 1Tss.5:23), se eles já estissem inteiramente santificados, se fossem crentes perfeitos não seria necessário pedir para que os mesmos procurassem ser santificados em tudo. Ser santificado em tudo é o desejo de todo o verdadeiro crente (cf. Hb.12:14). 
 
O Espírito Santo nos revela a necessidade de santidade, nos revelando a santidade de Deus; diante da santidade e grandiosidade do soberano Deus do universo enxergamos o quanto somos pecadores e enquanto mais nos aproximamos dEle, passamos a enxergamos essa pecaminosidade. O conhecimento dessa natureza corrupta, que ainda milita contra o espírito, reivindicando um direito que não lhe pertence mais, se dá através do conhecimento das Escrituras. Portanto, o Espírito Santo aplica as verdades bíblicas em nossos corações para o crescimento espiritual. “Quando Deus declara um homem justo, Ele imediatamente começa a santificá-lo” (A. W. Tozer). Ou seja, o justificado começa a ser transformado na imagem do Filho de Deus. Porém, enquanto estiver aqui nesse mundo o crente nunca alcançará a perfeição cristã como afirma os de doutrinas arminio-wesleyanas:

“Cremos que a inteira santificação é aquele acto de Deus, subsedquente à regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e levados a uma estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor tornado perfeito” (Introdução a Teologia Cristã. Casa Nazareno de Publicações, 1990: 355).

Concluo o assunto sobre santificação, citando a confissão de fé Westminster (1647) por ela definir com a maior clareza esse assunto de tão grande relevância, o qual devemos ensinar e enfatizar como fizeram os puritanos e os metodistas.

Confissão de fé Westminster - Capítulo XIII
Da santificação

I. Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são além disso santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.
I Co.1:30; At.20:32; Fp.3:10; Rm.6:5-6; Jo.17:17,19; Ef.5-26; II Ts.2:13; Rm.6:6,14; Gl.5:24; Cl.1:10-11; Ef.3:16-19; II Co.7:1; Cl.1:28; Cl.4:12; Hb.12:14.
 
II. Esta santificação é no homem todo, porém imperfeita nesta vida; ainda persistem em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne.
I Ts.5:23; I Jo.1:10; Fp.3:12; Gl.5:17; I Pe.2:11.
 
III. Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que ficam, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, a parte regenerada do homem novo vence, e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.
Rm.7:23; Rm.6:14; I Jo.5:4; Ef.4:15-16; II Pe.3:18; II Co.3:18-7:1.

Amém! Que Deus seja louvado. 



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