De volta às fontes do evangelho.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O ultimo cálice...

14:18 Posted by Unknown No comments
       Após a santa ceia, Cristo retira-se sozinho ao  jardim getsêmani. Sentia-se aflito e muito angustiado, pois já começava a ver que a hora do sacrifício se aproximava, e desde de já, sentia na pele todas as sensações que o assolariam. Diante dessas informações, uma duvida me assalta a mente...por que ele se angustiava tanto, se sendo Deus (então possuindo o atributo da onisciência), já sabia por tudo o que havia de passar?
       Naqueles instantes Cristo via que muitos no futuro, iam se quer conhecer a historia do seu sacrifício, que outros simplesmente ignorariam e não o dariam valor algum, que outros mais cruéis chegariam a afirmar que ele deveria ter sofrido mais, já que o que estava em questão eram as almas de muitas pessoas. Talvez Cristo também estivesse vendo, que a crueldade humana jamais chegaria perto de merecer tamanho gesto de amor, por que muitos de nós, iriamos vender nossos corpos por dinheiro, iriamos matar, roubar, maltratar nossos pais e mães, iriamos nos drogar, nos deitar com varias mulheres/homens como se não houvesse problema algum, trataríamos o meio ambiente unica e exclusivamente como fonte de lucro, desmatando, poluindo tuda a criação que outrora foi deixada em perfeito estado pelo próprio Deus. Cristo via, que homens rebeldes, usariam a ciência para explicar a criação do universo e tudo que nele há, atribuindo o mérito ao acaso e não a Deus.
      Jesus sentia antecipadamente as dores do preço que teria que pagar para remir as almas humanas, sentia os chicotes açoitarem suas costas durante todo o percurso, a ponto de expor seus pulmões, sendo vistos á alguns poucos metros de distância, sentia também a agonia do peso do madeiro em seus ombros, o madeiro pesava entorno de 50 quilos, mas devido aos ferimentos a sensação é de que carregava muitos mais que isso. O mestre pressentia a dor dos espinhos que formavam uma coroa, posta em sua cabeça, os mesmos perfuraram seu crânio, com o agravante de ao perfurar a pele humana, liberavam uma substância que causava altíssima febre. Vivia a momentânea impressão da dor dos pregos em suas mãos e pés, rasgando sua carne e abrindo enormes fissuras em seu corpo.
    Tanto sofrimento e dor, em únicos momentos de reflexão, e o pior de tudo é que tudo aquilo estava sendo previsto por ele, mas não estava acontecendo. e nestas circunstancias ele roga como homem ao Pai, para que passasse dele aquele amargo cálice, mas como Deus e com amor, ele também diz, que fosse feita a vontade do Pai. Passado algum tempo ele se entrega para passar por tudo aquilo literalmente, e definitivamente beber o ultimo cálice, pois seu amor infinito o fez deixar de lado a incapacidade humana de merecer todo aquele sofrimento, e foi, para concretizar a redenção de muitas almas. Uma dessas alma é a sua, resta saber se você tem mesmo o coração tão tudo para ignorar o ultimo cálice, o cálice que trouxe ao mundo o amor de Deus.
Segui a paz com todos !